quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Frutos estranhos

Histórias de Prados Verdes mostram o lado bucólico do bairro mais distante de Nova Iguaçu
Por Luiz Felipe Garcez

O projeto "Minha rua tem história", em Prados Verdes, deu os primeiros "filhos". Começou timidamente, com muita desconfiança da parte dos jovens. Afinal, nunca havia acontecido nada parecido com esse projeto por lá. Mas as dinâmicas ministradas pelo oficineiro Mozart Guida e a simpatia dos assistentes Fernando e Elisangêla quebraram o "gelo" e as turmas pegaram o espírito da coisa. O tema "árvore" mostrou que os moradores de Prados Verdes mantêm uma forte ligação com a natureza.

Incontáveis foram as histórias que envolvia misticismo, terror ou fantasmas. Uma delas foi a história da "Figueira que pegava fogo", ambientada na Rua Boninas. Indicada como a melhor história da turma A, ela foi contada por Fernanda Santos, de 21 anos. Essa história aconteceu quando ela era bem pequena e marcou muito sua infância.

- A figueira é uma árvore muito bonita e chamava a atenção de todos – contou Fernanda. – Mas um dia um morador do bairro vizinho resolveu subir na parte mais alta dela e nunca mais desceu.

Segundo Fernanda, os moradores ficaram muito assustados, mas ninguém subiu na figueira para ver o que realmente havia acontecido. No entanto, os moradores perceberam que a árvore não era mais a mesma.

- Todas as noites aparecia uma nuvem escura sobre a figueira e, quando as pessoas passavam pela rua, ouviam um assovio vindo da figueira. Ela tacava pedras e pegava fogo sozinha!

Muitos moradores diziam que a árvore estava amaldiçoada por alguma força maligna, mas essa maldição era noturna, quando as pessoas até evitavam passar pela rua.
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- Mas de dia a figueira não fazia mal a ninguém.

A situação foi até um dia em que a figueira pegou fogo e desabou.

- Ela nunca mais brotou – concluiu Fernanda, com um ar misterioso.

Outra história que fez bastante sucesso, de autoria de Carlos Augusto Soares, foi bem mais apimentada. Ambientada na Rua Narciso, a história se passou em um dia dos pais em que todos os irmãos haviam se reunido em torno de um árvore cujos frutos tinham um formato no mínimo estranho.

- Um dos irmãos achou a fruta parecida com um pinto – disse Carlos Augusto, arrancando risos da turma. – Desde esse dia, passamos a chamar a árvore de "pé de rola do meu pai", já que era no quintal dele.

Histórias foram o que não faltaram. Cada uma com o seu toque especial. Com certeza podemos dizer que as árvores de Prados Verdes têm muita, mas muita história mesmo para contar. Com certeza teremos mais."Expor aos oprimidos a verdade sobre a situação é abrir-lhes o caminho da revolução"Leon Trotsky

2 comentários:

Unknown disse...

Fala galera, sou o Fernando (um dos assistente) e gostaria de saber kd os comentarios galera ....Abração

Jota disse...

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(lálá)

olha nós ali atras he he